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Fonte: Jornal Combate, nº 1, Portugal. |
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Saudamos o aparecimento do primeiro número do jornal dos trabalhadores da Timex. Esse jornal é um passo muito importante para a consolidação da sua luta e para encontrar a solidariedade entre os trabalhadores.
De A Nossa Voz, transcrevemos:
«Esclarecimento: porquê as 40 horas?
A luta dos explorados e oprimidos contra a classe exploradora tem ao longo da história, assumido diversas formas, umas vezes violentas, outras pacificas, e tem-se dirigido para a conquista de diversos objectivos. Um destes objectivos é um horário de trabalho justo. A classe operária conheceu já horários de 12, 14 e mais horas diárias de trabalho. Um dos pontos mais altos nessa luta deu-se nos Estados Unidos da América, no século passado, na luta por 8 horas diárias de trabalho, de que resultaram terríveis massacres perpetrados contra o povo pelas forças repressivas da classe exploradora. É a hisitrria dos famosos «Mártires de Chicago», barbaramente espancados e assassinados. Dai nasceu o 1.º de Maio, dia mundial do Trabalhador. Depois disso, vários países aceitaram reduções dos horários de trabalho, mas a burguesia tem resistido fortemente a essa justa aspiração e tem sempre tentado ludibriar o povo com as famosas horas extraordinárias (quem é mal pago, tende a aceitá-las... não se dá emprego a outros trabalhadores...).
Agora, festeja-se o 1.º de Maio cuja origem conhecemos. Faz sentido festejar o 1.º de Maio e omitir a sua origem?
Por outro lado, mais do que nunca a classe operária bem como os camponeses, precisam de se organizar, de discutir, de se instruir, e para isso precisam de horas, não para as entregar à burguesia, mas para si mesmos. Assim, as 40 horas são neste momento uma exigência fundamental. A movimentação popular a que temos vindo a assistir desde há alguns meses e o formidável avanço das últimas semanas anunciam grandes acontecimentos, preparemo-nos para eles, camaradas e amigos. Contra todas as manobras da burguesia, neste como noutros campos, oponhamos a nossa força, a nossa unidade.
EM FRENTE NA LUTA PELAS 40 HORAS»
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