A Lógica das Coisas
(As "Teses" do C.C. Menchevique)

J. V. Stálin

29 de Outubro de 1918


Primeira Edição: "Pravda" ("A Verdade"), n.° 234, 29 de outubro de 1918.
Fonte: J.V. Stálin – Obras – 4º vol., Editorial Vitória, 1954 – traduzida da edição italiana da Obras Completas de Stálin publicada pela Edizioni Rinascita, Roma, 1949.
Tradução: Editorial Vitória
Transcrição: Partido Comunista Revolucionário
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Fernando A. S. Araújo, setembro 2006.
Direitos de Reprodução: A cópia ou distribuição deste documento é livre e indefinidamente garantida nos termos da GNU Free Documentation License.

capa

Chegou-nos às mãos um documento intitulado Teses e resolução do Comitê Central do partido menchevique (17-21 de outubro de 1918). Esse documento realiza um balanço das atividades do Poder Soviético a partir de outubro de 1917 e abre uma certa perspectiva que, segundo parece, tem uma grande importância para o desenvolvimento do partido menchevique. Mas o que no documento tem mais valor são as conclusões que, depois de um ano de revolução, subvertem toda a prática do menchevismo. Adiando o exame de Teses e resolução para outra ocasião, julgamos desde já necessário comunicar ao leitor algumas impressões nossas.

A Revolução de Outubro

Foi exatamente há um ano. O país enfraquecia-se, sob o peso da guerra imperialista e do caos econômico. O exército, debilitado pelos graves golpes sofridos, não tinha mais força para combater. Enquanto isso, os imperialistas ingleses (Buchanan!) envolviam cada vez mais o país em suas redes, tentando por todos os meios fazer com que ficasse no âmbito da guerra imperialista. Haviam cedido Riga[N34], preparavam-se para ceder Petrogrado, unicamente para demonstrarem a necessidade da guerra e da ditadura militar. A burguesia compreendia tudo isso e visava abertamente à ditadura militar e à derrota da revolução.

Que fizeram então os bolcheviques ?

Os bolcheviques prepararam-se para a revolução, compreendiam que a tomada do poder pelo proletariado era a única solução para o beco sem saída da guerra e do caos econômico; compreendiam que, sem a revolução aberta, a ruptura com o imperialismo e a libertação da Rússia das garras deste seriam absolutamente impossíveis, e convocaram o Congresso dos Soviets, único organismo no país que poderia receber a herança do poder.

Primeiro a revolução, depois a paz! Que fizeram então os mencheviques ? -Declararam a "empresa" dos bolcheviques uma "aventura contra-revolucionáría". Consideraram supérfluo o Congresso dos Soviets e o dificultaram, chamando os próprios soviets "barracas antiquadas", condenadas à demolição. Ao invés dos soviets-"barracas", ofereceram-nos um "sólido edifício" de tipo "europeu", o Anteparlamento[N35], no qual os mencheviques, juntamente com Miliukov, elaboraram planos de "reformas agrárias e econômicas radicais". Em lugar da ruptura com o imperialismo, propuseram uma conferência dos aliados em Paris, como possível saída para a situação de guerra. Viam uma "conseqüente política de paz" na participação, nessa conferência, do menchevique Skóbelev e nas atividades dúbias do menchevique Axelrod pela convocação do congresso dos Scheidemann, dos Renaudel e dos Hyndman.

Desde então transcorreu um ano. A "revolução bolchevique" soube destruir a engenhosa máquina dos imperialistas internos e externos. A velha guerra imperialista, para a Rússia, não é já senão uma recordação. A Rússia libertou-se do jugo do imperialismo. Conduz e espera continuar conduzindo uma política externa independente. Hoje está claro para todos que sem a Revolução de Outubro a Rússia não teria deixado o beco sem saída da guerra imperialista, os camponeses não teriam recebido a terra, os operários não teriam assumido a administração das oficinas e fábricas.

Que vêm dizer-nos agora os mencheviques, o seu Comitê Central? Ouvi:

"A revolução efetuada pelos bolcheviques em outubro de 1917 foi uma necessidade histórica porquanto, rompendo as ligações entre as massas trabalhadoras e as classes capitalistas, exprimiu a aspiração das massas trabalhadoras de subordinar completamente a diretriz da revolução aos seus interesses, sem o que não teria sido sequer possível pensar em libertar a Rússia do jugo do imperialismo dos aliados, em conduzir uma conseqüente política de paz, em aplicar radicalmente a reforma agrária e fazer com que o Estado regule toda a vida econômica no interesse das massas populares; porquanto essa etapa da revolução também teve a tendência de ampliar ainda mais a influência que a revolução russa havia exercido no curso dos acontecimentos mundiais" (vide Teses e Resolução).

Assim se exprime agora o Comitê Central menchevique.

É incrível, mas é um fato. "A revolução bolchevique foi", ao que parece, "uma necessidade^histórica", "sem o que não teria sido sequer possível pensar em libertar a Rússia do jugo do imperialismo dos aliados", "em conduzir uma conseqüente política de paz", "em aplicar radicalmente a reforma agrária" e "fazer com que o Estado regule toda a vida econômica no interesse das massas populares."

Mas isto é justamente o que há um ano sustentavam os bolcheviques, e contra isto é que se batia com tanto furor o Comitê Central menchevique!

Sim, é exatamente a mesma coisa.

Não é verdade que a vida instrui e corrige os mais incorrigíveis ? Onipotente, ela se assenhoreia sempre, a todo custo, daquilo que lhe compete. . .

A Ditadura do Proletariado

Isto aconteceu há dez meses. A Assembléia Constituinte estava para reunir-se. Os contra-revolucionários burgueses, já plenamente batidos, reagrupavam novamente as forças e, esfregando as mãos, antegozavam a "ruína" do Poder Soviético. A imprensa imperialista estrangeira (aliada) saudava a Assembléia Constituinte. Os mencheviques e social-revolucionários organizavam reuniões "privadas" e elaboravam o plano de transferir o Poder dos Soviets à Assembléia Constituinte, "senhora da terra russa". Pairava no ar a sombra da renascente "coalizão honesta" que visava eliminar os "erros" bolcheviques.

Que fizeram então os bolcheviques?

Continuaram o trabalho já empreendido para reforçar o Poder do proletariado. Julgavam que a "coalizão honesta" e o seu órgão, a Assembléia Constituinte, seriam condenados à morte pela história, pois sabiam que no mundo nascera uma nova força, o Poder do proletariado, e uma nova forma de governo, a República dos Soviets. No começo de 1917 a palavra de ordem de Assembléia Constituinte era progressista e os bolcheviques eram favoráveis a ela. Em fins de 1917, depois da Revolução de Outubro, a palavra de ordem de Assembléia Constituinte tornara-se reacionária porque não correspondia mais às correlações existentes entre as forças políticas em luta no país. Os bolcheviques julgavam que, na situação determinada pela guerra imperialista na Europa e pela vitoriosa revolução proletária na Rússia, fossem concebíveis somente dois tipos de poder: a ditadura do proletariado, sob a forma da República dos Soviets, ou a ditadura da burguesia, sob a forma da ditadura militar; qualquer tentativa de encontrar um meio termo e de fazer renascer a Assembléia Constituinte, inevitavelmente haveria provocado uma volta ao passado, à reação, à liquidação das conquistas de Outubro. Os bolcheviques estavam certos de que o parlamentarismo burguês e a república democrática burguesa representavam uma etapa já superada da revolução. . .

Desde então transcorreram dez meses. A Assembléia Constituinte, que havia tentado derrubar o Poder Soviético, foi dissolvida. No país, os camponeses nem deram por isso e os operários acolheram esse ato com júbilo. Um grupo dos partidários da Assembléia foi-se para a Ucrânia e pediu ajuda aos imperialistas alemães para combater os soviets. Outro grupo dos partidários da Assembléia foi-se para o Cáucaso, consolando-se nos braços dos imperialistas turco-alemães. Um terceiro grupo dos partidários da Assembléia foi-se para Samara e, juntamente com os imperialistas anglo-franceses, empreendeu a guerra contra os operários e camponeses da Rússia. A palavra de ordem da Assembléia Constituinte, desse modo, transformou-se num meio de envolver os políticos simplórios e numa insígnia para mascarar os contra-revolucionários internos e externos em sua luta contra os soviets.

Como se portaram naquele período os mencheviques?

Combateram contra o Poder Soviético, sustentando sempre a palavra de ordem da Assembléia Constituinte, lançada pelos contra-revolucionários.

Que dizem agora os mencheviques, que diz o seu Comitê Central? Ouvi:

Ele "repele qualquer colaboração política com as classes hostis à democracia e recusa-se a participar em todas as combinações governativas que, embora mascaradas com a insígnia da democracia, baseiam-se nas coalizões "nacionais" da democracia com a burguesia capitalista ou então na dependência do imperialismo e do militarismo estrangeiro" (vide Teses).

E ainda:

Todas as tentativas da democracia revolucionária que se apóia nas massas não proletárias das cidades e nas massas trabalhadoras do campo, tentativas com a intenção de restaurar a república democrática mediante a luta armada contra o governo soviético e contra as massas que o sustentam, foram e continuam sendo acompanhadas, dado o caráter da situação internacional e a imaturidade política da pequena burguesia democrática russa, por um agrupamento de forças sociais capaz de tirar à luta para restaurar um regime democrático o seu próprio significado revolucionário, e de ameaçar diretamente as conquistas socialistas fundamentais da revolução. A tendência para entrar em acordo a qualquer preço com as classes capitalistas e utilizar as armas estrangeiras na luta pelo poder, priva de qualquer independência a política da democracia revolucionária, transformando-a em instrumento daquelas classes e das coalizões imperialistas" (vide Teses e resolução).

Em resumo: a coalizão "é repelida" decididamente e sem reservas, a luta pela república democrática e pela Assembléia Constituinte é reconhecida como contra-revolucionáría, uma vez que é capaz de "ameaçar diretamente as conquistas socialistas fundamentais da revolução".

A conclusão é só uma: o Poder dos Soviets, a ditadura do proletariado, é o único poder revolucionário concebível na Rússia.

Mas isto é justamente o que há tanto tempo vêm afirmando os bolcheviques e contra o que até ontem se bateram os mencheviques!

Sim, é exatamente a mesma coisa.

Não é verdade que a lógica das coisas é mais forte que qualquer outra lógica, sem exclusão da lógica menchevique.

III - Confusão Pequeno-burguesa

Portanto:

É fato que depois de um ano de luta contra o "espírito aventureiro" dos bolcheviques, o C.C. menchevique é constrangido a admitir a "necessidade histórica" da "revolução bolchevique", efetuada em outubro de 1917.

É fato que depois de uma longa luta pela Assembléia Constituinte e por uma " coalizão honesta", o C. C. menchevique, embora a contragosto e com relutância, é constrangido a reconhecer que a coalizão "nacional" é inadequada e que a luta para "restaurar o regime democrático" e a Assembléia Constituinte reveste-se de um caráter contra-revolucionário.

É verdade que esse reconhecimento veio com um ano de atraso, depois que o caráter contra-revolucionário da palavra de ordem da Assembléia Constituinte e a necessidade histórica da Revolução de Outubro tornaram-se um lugar-comum repisado; é verdade que esse atraso absolutamente não engrandece o C.C. menchevique, o qual tem a pretensão de exercer uma função dirigente na revolução. Mas esta já vem sendo a sorte dos mencheviques: não é a primeira vez que ficam para trás com relação à marcha dos acontecimentos, e, acreditamos, esta não será a última vez que procuram embelezar-se à custa dos bolcheviques. . .

Seria lícito supor que depois de tal reconhecimento dá parte do C.C. menchevique não deveria mais haver lugar para sérias divergências. E assim teria acontecido se tivéssemos que lidar não com o C.C. menchevique e sim com revolucionários conseqüentes, capazes de levar até ao fim seus raciocínios, deles tirando as necessárias conclusões. A desgraça é que neste caso lidamos com um partido de intelectuais pequeno-burgueses, eternamente hesitantes entre o proletariado e a burguesia, entre a revolução e a contra-revolução. Daí as inevitáveis contradições entre as palavras e os atos, a eterna incerteza e a instabilidade de suas idéias.

Pasmem todos. O C.C. menchevique, vede,

"considera como antes que a soberania popular, a democracia absolutamente ilimitada seja a única forma política que permite não só preparar, como também efetivar a libertação social do proletariado. Na república democrática, organizada por uma Assembléia Constituinte soberana e livremente no sufrágio universal, etc., o C.C. vê não só instrumentos absolutamente insubstituíveis de educação política das massas e de reagrupamento de classe do proletariado sob a bandeira dos seus próprios interesses, mas também o único terreno sobre o qual o proletariado socialista pode desenvolver sua força social criadora" (vide Teses e resolução).

É incrível, mas é fato. De um lado, "a luta para restaurar um regime democrático" é, ao que parece, "capaz de ameaçar diretamente as conquistas socialistas fundamentais da revolução", e é então chamada contra-revolucionáría; por outro lado, o C.C. menchevique, "como antes", declara-se favorável à "Assembléia Constituinte soberana", já agora sepultada! Ou será que o C.C. menchevique pensa chegar a obter a "Constituinte" sem "luta armada"? Que fim levaria, nesse caso, a "necessidade histórica da revolução bolchevique", que deu, cabo da "Assembléia Constituinte soberana"?

Há mais. O C. C. menchevique pede, nem mais nem menos,

"a abolição dos órgãos excepcionais de repressão policial e dos tribunais extraordinários" e "a cessação do terrorismo político e econômico" (vide Teses e resolução).

Por um lado se reconhece a "necessidade histórica" da ditadura do proletariado, que tem a função de destruir a resistência da burguesia, por outro se pede a abolição de alguns importantes instrumentos do poder, sem os quais essa destruição é inconcebível! Que fim levarão em tal caso as conquistas da Revolução de Outubro, contra a qual a burguesia luta com todas as forças, chegando até a organizar ações terroristas e complôs de banditismo? Como se pode reconhecer a "necessidade histórica" da Revolução de Outubro, se não se reconhecem os resultados e as conseqüências que inevitavelmente dela derivam?

Conseguirá o C. C. menchevique sair de uma vez por todas dessa incrível confusão pequeno-burguesa ?

IV - Que Virá Depois?

De resto, ele tenta sair dela. Ouvi:

"Apoiando o objetivo de restabelecer apenas com as forças da democracia a unidade e a independência da Rússia na base das conquistas da revolução e repelindo por esse mesmo motivo qualquer ingerência dos capitalistas estrangeiros nos assuntos internos da Rússia", o partido menchevique "está politicamente solidário com o governo soviético, porquanto este defende particularmente a libertação do território da Rússia contra a ocupação estrangeira, e luta contra as tentativas da democracia não proletária de ampliar ou de conservar essa ocupação. Mas essa solidariedade política, no que concerne à ingerência imperialista, poderia levar a um apoio direto às operações militares do governo soviético, que visam a libertar os territórios da Rússia ocupados, apenas no caso de que esse governo se declarasse efetivamente disposto a fundamentar suas relações com a democracia não bolchevique das regiões periféricas sobre um acordo recíproco e não sobre a repressão e o terrorismo" (vide Teses e Resolução).

Então, da luta contra o Poder Soviético ao "acordo" com ele.

"Solidariedade política com o governo soviético". . . Não sabemos até que ponto essa solidariedade é completa, mas será talvez necessário dizer que os bolcheviques não se oporão à solidariedade do C.C. menchevique com o Poder Soviético? Compreendemos muito bem a diferença que existe entre a solidariedade com o governo soviético e a solidariedade, digamos, com os membros da Assembléia Constituinte de Samara.

"Apoio direto às operações militares do governo soviético". . . Não sabemos quantas tropas o C.C. menchevique poderia pôr à disposição do Poder Soviético, nem as forças militares com as quais poderia enriquecer o exército soviético, mas será talvez preciso demonstrar que os bolcheviques não poderão senão desejar o apoio militar ao Poder Soviético?Compreendemos muito bem quanto é profunda a diferença entre apoio militar ao governo soviético e a participação dos mencheviques, digamos, na "conferência de defesa"[N36], no tempo da guerra imperialista, sob o governo de Kerenski.

Eis tudo. Mas a experiência ensinou-nos a não acreditar nos homens através de palavras; habituamo-nos a julgar os partidos e os grupos não só por suas resoluções, mas sobretudo por seus atos.

E como agem os mencheviques?

Na Ucrânia os mencheviques até agora não romperam com o governo contra-revolucionário de Skoropadski, que luta com todas as suas forças contra os elementos soviéticos locais e que, assim fazendo, favorece a dominação dos imperialistas internos e estrangeiros no sul.

No Cáucaso os mencheviques já de há muito aliaram-se aos latifundiários e aos capitalistas e, declarada a guerra santa contra os homens da Revolução de Outubro, pediram ajuda aos imperialistas alemães.

Nos Urais e na Sibéria, os mencheviques, solidarizando-se com os imperialistas anglo-franceses, de fato contribuíram e continuam contribuindo para a supressão das conquistas da Revolução de Outubro.

Em Krasnovodsk os mencheviques abriram aos imperialistas ingleses as portas da região transcáspia, facilitando-lhes a tarefa de derrotar o Poder Soviético no Turquestão.

Enfim, uma parte dos mencheviques da Rússia Européia proclama a necessidade da luta "ativa" contra o Poder Soviético, organiza greves contra-revolucionárias na retaguarda do nosso Exército, que está derramando o seu sangue na guerra pela libertação da Rússia e desse modo inexeqüível presta o "apoio às operações militares do governo soviético" apregoado pelo C.C. menchevique.

Todos esses elementos mencheviques, anti-socialistas e contra-revolucionários, na zona central e nas regiões periféricas da Rússia continuam contudo a considerar-se membros do partido menchevique, partido cujo C.C. anuncia agora, de forma solene, "solidariedade política" ao Poder Soviético.

Perguntamos:

1.°) — Qual a atitude do C.C. do partido menchevique a respeito dos elementos contra-revolucionários mencheviques acima citados?

2.°) — Pensa romper com eles de maneira decidida e sem hesitações!

3.°) — Ao menos deu um primeiro passo em tal direção ?

Todas estas são perguntas para as quais não encontramos resposta nem na "resolução" do C.C. menchevique, nem na atividade prática dos mencheviques.

Entretanto é indubitável que só uma decidida ruptura com os elementos mencheviques contra-revolucionários poderia fazer avançar alguns passos o problema do "acordo recíproco", proclamado agora pelo C.C. menchevique.


Notas de fim de tomo:

[N34] Riga foi entregue aos alemães pelo general Kornílov em 21 de agosto de 1917. (retornar ao texto)

[N35] O Anteparlamento, ou Conselho Provisório da República, órgão consultivo existente na época do govôrno provisório burguês, foi constituído na Conferência Democrática que se realizou em Petrogrado de 14 a 22 de setembro de 1917. A criação do Anteparlamento constituiu uma tentativa dos social-revolucionários e dos mencheviques no sentido de refrear a marcha da revolução e de voltar ao parlamentarismo burguês. (retornar ao texto)

[N36] A Conferência para a Defesa foi convocada em Petrogrado a 7 de agosto de 1917 pelo Comitê Executivo Central dos Soviets, composto então de social-revolucionários e mencheviques, com o fim de mobilizar as forças e os meios da população para o prosseguimento da guerra imperialista. (retornar ao texto)

pcr
Inclusão 12/11/2007