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Antes de voltar à frente meridional, o Comissário do Povo para os Negócios das Nacionalidades, camarada Stálin, comunicou a um correspondente nosso as suas impressões sobre a situação na frente de Tzarítzin.
— Antes de mais nada — disse o camarada Stálin — é preciso salientar dois fenômenos auspiciosos: o primeiro é que na retaguarda imediata formaram-se administradores provenientes das fileiras operárias, os quais sabem não só fazer a propaganda a favor do Poder Soviético, mas também edificar um Estado segundo princípios novos, comunistas; o segundo é constituído pelo aparecimento de um novo tipo de comando, composto de oficiais vindos do seio da tropa, da tarimba, que fizeram sua prática na guerra imperialista, comando no qual os soldados do Exército Vermelho depositam plena confiança.
Graças à decisiva modificação operada no estado de ânimo da população, a qual compreendeu a necessidade de empunhar armas para combater os bandos contra-revolucionários, a mobilização prossegue muito bem.
Em todos os nossos destacamentos há uma sólida disciplina. As relações existentes entre os soldados e os oficiais do Exército Vermelho são tais que não se pode desejar melhores.
Para dizer a verdade, entre nós, no exército, isto não constitui mais problema. Graças a um bem articulado sistema de bases, escolhidas pelos próprios setores militares, a frente não sofre carência de víveres. Atualmente a ração diária do soldado do Exército Vermelho consiste em duas libras de pão, carne, batatas e repolho.
Todos os suprimentos alimentares da frente são providenciados por uma comissão especial junto ao Conselho Supremo Militar Revolucionário da República, que organizou, também os abastecimentos regulares das unidades da frente.
A agitação na frente é realizada, segundo as declarações do camarada Stálin, mediante a difusão dos jornais Soldat Revoliútzu[N32] e Borba[N33], além de folhetos, volantes, etc. O moral das tropas é elevado; elas estão certas da vitória.
Uma grave deficiência no equipamento de nosso exército é a falta de um uniforme apropriado para os soldados. Seria desejável criar no menor espaço de tempo possível um novo tipo de uniforme e adotá-lo imediatamente na frente.
O último decreto do Comitê Executivo Central para estimular a ações heróicas os soldados do Exército Vermelho, individualmente, e destacamentos inteiros mediante a concessão aos primeiros de distintivos e aos segundos de bandeiras, segundo as palavras do camarada Stálin, tem uma importância enorme.
Já antes da publicação desse decreto, alguns destacamentos, depois de terem recebido bandeiras revolucionárias, bateram-se como leões.
Quanto às unidades inimigas empenhadas contra nós, são compostas em 90% de chamados alienígenas, na maioria ucranianos, e de oficiais voluntários. Os cossacos não são mais de 10%. O inimigo tem uma vantagem, a de dispor de uma cavalaria móvel, corpo que em nossas tropas ainda se encontra em estado embrionário.
Em conclusão, devo dizer que enquanto nossas unidades militares tornam-se coesas e concordes, as do inimigo vão se desagregando completamente.
Notas de fim de tomo:
[N32] Soldat Revoliútzu (O Soldado da Revolução), jornal do exército da frente de Tzarítzin, fundado por iniciativa de Stálin; saiu em 7 de agosto de 1918 como órgão do Conselho Militar do Distrito do Cáucaso Setentrional. A partir de 26 de setembro (número 42), foi o órgão do Conselho Militar Revolucionário da Frente Meridional, e desde 29 de outubro (n.° 69) até à cessação de sua publicação foi o órgão do Conselho Militar Revolucionário do X Exército. (retornar ao texto)
[N33] Borba (A Luta), órgão do Comitê de Tzarítzin do P.O.S.D.R. (b); publicou-se a partir de maio de 1917. Desde fins de 1917 tornou-se o órgão do Soviet dos Deputados Operários, Soldados, Camponeses e Cossacos de Tzarítzin. O jornal saiu até março de 1933. (retornar ao texto)
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Inclusão | 01/02/2008 |