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Franz Mehring 1846-1919

Notável representante do marxismo revolucionário na Alemanha. Começou sua carreira como colaborador das revistas de Guido Weiss, um dos últimos sobreviventes da democracia burguesa de 1848, na Alemanha (Zukunft, 1869-1871, e Wage, 1873-1878). Quando foi promulgada a lei contra os socialistas, Mehring pronunciou-se corajosamente pela social-democracia perseguida, particularmente através do jornal democrático Berliner Volkszeitung, do qual foi colaborador a partir de 1884 e redator-chefe desde o ano seguinte. Se, de um lado, a simpatia pelo partido operário perseguido por Bismarck arrastou-o para as suas fileiras, foi, de outro lado, um profundo estudo do marxismo que dele fez um dos mais eminentes representantes dessa doutrina. A partir de 1890, tornou-se colaborador permanente da Neue Zeit, ao lado de Kautski desde 1895, da Leipziger Volkszeitung. Desde, porém, que surgiu o revisionismo na Alemanha, Mehring moveu-lhe intensa e ardorosa guerra. De 1890 a 1914, foi Mehring quem, na social-democracia alemã, melhor penetrou o sentido do movimento histórico. Sua profunda concepção do marxismo e seu ardoroso temperamento revolucionário levaram-no à ruptura com Kautski nos últimos anos antes da guerra. Após declaração da guerra, Mehring foi um dos fundadores do Spartakusbund, ao qual consagrou suas ultimas forças. Colocou-se desde o começo da guerra na extrema esquerda da social-democracia alemã com Rosa de Luxemburgo e Karl Liebknecht e solidarizou-se, sem hesitar, com a revolução russa de 1917. Foi, em conjunto com Karl Liebknecht, Rosa Luxemburgo e outros, fundador do Partido Comunista da Alemanha. Suas obras abrangem um grande número de setores: jornalismo politico, história do marxismo, da social-democracia, da Alemanha, da Prússia, história da literatura e da filosofia, história de guerra, etc.

Atualmente estão disponíveis em Português as seguintes obras:

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