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(N1) o trabalho de Marx O 18 de Brumário de Louis Bonaparte, escrito na base de uma análise concreta dos acontecimentos revolucionários em França em 1848-1851, é uma das obras mais importantes do marxismo. Neste trabalho foram desenvolvidas todas as teses fundamentais do materialismo histórico: a teoria da luta de classes e da revolução proletária, a doutrina do Estado e da ditadura do proletariado. Tem uma importância extraordinariamente grande a conclusão de Marx sobre a questão da atitude do proletariado em relação ao Estado burguês."Todas as revoluções aperfeiçoavam esta máquina - indica Marx -, em vez de a destruir." (Ver o presente volume, p. 125.)
No trabalho O 18 de Brumário de Louis Bonaparte foi desenvolvida a questão do campesinato como aliado da classe operária na revolução iminente, explicado o papel dos partidos políticos na vida social e formulada uma caracterização profunda da essência do bonapartismo. (retornar ao texto)
(N2) A Coluna de Vendôme foi construída em 1806-1810 em Paris em memória das vitórias da França napoleónica; foi fundida com o bronze dos canhões inimigos e é encimada por uma estátua de Napoleão. Em 16 de Maio de 1871 a coluna de Vendôme foi derrubada por decisão da Comuna de Paris; em 1875 foi reconstruida pela reacção. (retornar ao texto)
(N3) J. C. L. Simonde de Sismondi, Études sur l’économie politique (Estudos sobre a Economia Política, t. I, Paris, 1837, p. 35. (retornar ao texto)
(N4) 2 de Dezembro de 1851: dia do golpe de Estado contra-revolucionário em França realizado por Luís Bonaparte e os seus partidários. (retornar ao texto)
(N5) Renascimento: período do desenvolvimento cultural e ideológico de vários países da Europa ocidental e central, determinado pelo nascimento das relações capitalistas e que abarcou a segunda metade do século xv e o século XVI. O período do Renascimento é habitualmente relacionado com o pujante florescimento da arte e da ciência, com o despertar do interesse pela cultura do Mundo Antigo (donde provém a própria denominação do período). (retornar ao texto)
(N6) A Segunda República existiu em França entre 1848 e 1852. (retornar ao texto)
(N7) A Montagne (Montanha) de 1793-1795: grupo revolucionário democrático da Convenção durante a revolução burguesa francesa de fins do século XVIII. (retornar ao texto)
(N8) Brumário: mês do calendário republicano francês. Em 18 de Brumário (9 de Novembro) de 1799, Napoleão Bonaparte levou a cabo um golpe de Estado e estabeleceu uma ditadura militar. Por"segunda edição do 18 de Brumário" Marx entende o golpe de Estado de 2 de Dezembro de 1851. (retornar ao texto)
(N9) Bedlam: manicómio de Londres. (retornar ao texto)
(N10) Em 10 de Dezembro de 1848 Luís Bonaparte foi eleito presidente da República Francesa por sufrágio universal. (retornar ao texto)
(N11) A expressão"suspirar pelas panelas de carne do Egipto" procede de uma lenda bíblica: durante o êxodo dos judeus do cativeiro egípcio, os mais pusilânimes dentre eles, sob a influência das dificuldades da viagem e da fome, começaram a suspirar pelos dias passados no cativeiro, onde pelos menos tinham comida. (retornar ao texto)
(N12) Hic Rhodus, hic salta! (Aqui está Rodes, salta aqui!): expressão de uma fábula de Esopo sobre um fanfarrão que, invocando testemunhas, afirmava que uma vez, em Rodes, conseguira dar um salto enorme. Os que o escutavam responderam-lhe:"Para que é preciso testemunhas? Aqui está Rodes, salta aqui!" No sentido figurado significa: aqui é que está o essencial, aqui é que é preciso demonstrar.
Aqui está a rosa, dança aqui!: paráfrase da citação precedente (Rodoz em grego é o nome da ilha e, simultaneamente, significa"rosa") apresentada por Hegel no prefácio ao livro Linhas Fundamentais da Filosofia do Direito. (retornar ao texto)
(N13) Segundo a Constituição francesa de 1848, as eleições do novo presidente deviam realizar-se de quatro em quatro anos, no segundo domingo do mês de Maio. Em Maio de 1852 terminavam as funções presidenciais de Luís Bonaparte. (retornar ao texto)
(N14) Quiliastas (do grego"khilias", mil): pregadores da doutrina místico-religiosa da segunda vinda de Cristo e do estabelecimento na Terra do "reino milenário" da justiça, da igualdade e do bem-estar. (retornar ao texto)
(N15) In partibus infidelium (literalmente: no país dos infiéis): adição ao título dos bispos católicos designados para cargos puramente nominais em países não cristãos. Esta expressão encontra-se frequentemente em Marx e Engels aplicada a diferentes governos emigrados, formados no estrangeiro sem ter minimamente em conta a situação real do país. (retornar ao texto)
(N16) Capitólio: colina de Roma que é uma cidadela fortificada onde foram construídos os templos de Júpiter, Juno e outros. Segundo a tradição, no ano 390 antes da nossa era, durante a invasão dos gauleses, Roma salvou-se unicamente graças aos gritos dos gansos do templo de Juno, que despertaram a guarda adormecida do Capitólio. (retornar ao texto)
(N17) Trata-se dos chamados"africanistas" ou"argelinos", que eram os nomes dados em França aos generais e oficiais que faziam a sua carreira militar nas guerras coloniais contra as tribos argelinas que lutavam pela independência. Na Assembleia Nacional Legislativa os generais africanistas Cavaignac, Lamoriciere e Bedeau encabeçavam a minoria republicana. (retornar ao texto)
(N18) Guarda Nacional: milícia voluntária civil armada, com comandos eleitos, que existiu em França e em alguns outros Estados da Europa ocidental. Foi criada pela primeira vez em França em 1789, no início da revolução burguesa; existiu com intervalos até 1871. Em 1870-1871, a Guarda Nacional de Paris, para a qual entraram, nas condições da guerra franco-prussiana, amplas massas democratas, desempenhou um grande papel revolucionário. Criado em Fevereiro de 1871, o Comité Central da Guarda Nacional encabeçou a insurreição proletária de 18 de Março de 1871 e no período inicial da Comuna de Paris de 1871 exerceu (até 28 de Março) as funções de primeiro governo proletário da história. Depois do esmagamento da Comuna de Paris a Guarda Nacional foi dissolvida. (retornar ao texto)
(N19) Monarquia de Julho: reinado de Luís Filipe (1830-1848), que recebeu a sua designação da revolução de Julho. (retornar ao texto)
(N20) Em 15 de Maio de 1848, durante uma manifestação popular, os operários e artesãos de Paris penetraram na sala de sessões da Assembleia Constituinte, declararam-na dissolvida e formaram um governo revolucionário. No entanto, os manifestantes foram rapidamente dispersos pela Guarda Nacional e pela tropa. Os dirigentes dos operários (Blanqui, Barbes, Albert, Raspail, Sobrier e outros) foram presos. (retornar ao texto)
(N21) Insurreição de Junho: heróica insurreição dos operários de Paris em 23-26 de Junho de 1848, esmagada com excepcional crueldade pela burguesia francesa. Esta insurreição foi a primeira grande guerra civil da história entre o proletariado e a burguesia. (retornar ao texto)
(N22) Segundo a afirmação do historiador romano Eusébio de Cesareia, no ano de 312, na véspera da vitória sobre Maxêncio, o imperador Constantino I teria visto no céu uma cruz com a seguinte inscrição:"Por este sinal vencerás." (retornar ao texto)
(N23) Alusão à pitonisa, sacerdotisa e profetisa do templo de Apoio em Delfos, que anunciava as suas profecias sentada numa trípode junto do templo. (retornar ao texto)
(N24) Le National (O Nacional): jornal francês que se publicou em Paris de 1830 a 1851; órgão dos republicanos burgueses moderados. Os mais destacados representantes desta corrente no Governo Provisório eram Marrast, Bastide e Garnier-Pages. (retornar ao texto)
(N25) Trata-se do editorial do Journal des débats, de 28 de Agosto de 1848. (retornar ao texto)
Journal des débats politiques et littéraires (Jornal dos Debates Políticos e Literários): jornal burguês francês fundado em Paris em 1789. Durante a monarquia de Julho foi um jornal governamental, órgão da burguesia orleanista. Durante a revolução de 1848 o jornal exprimia as opiniões da burguesia contra-revolucionária, o chamado"partido da ordem".
(N26) Tratados de Viena: tratados concluídos em Viena em Maio e Junho de 1815 entre os Estados participantes nas guerras napoleónicas. No Congresso de Viena de 1814-1815 a Áustria, a Inglaterra e a Rússia tsarista, que chefiavam a reacção europeia, retalharam o mapa da Europa com o objectivo de restaurar as monarquias legítimas, contra os interesses da unificação nacional e da independência dos povos. (retornar ao texto)
(N27) A Carta Constitucional, adoptada depois da revolução burguesa de 1830 em França, era a lei fundamental da Monarquia de Julho. Formalmente, a Carta proclamava os direitos soberanos da nação e limitava um pouco o poder do rei.
(N28) Clichy: prisão em Paris onde eram encarcerados os devedores insolventes, entre 1826 e 1867.
(N29) Nos primeiros dias de existência da República Francesa colocou-se a questão da escolha da bandeira nacional. Os operários revolucionários de Paris exigiram que se declarasse insígnia nacional a bandeira vermelha, que foi arvorada nos subúrbios operários de Paris durante a insurreição de Junho de 1832. Os representantes da burguesia insistiram na bandeira tricolor (azul, branco e vermelho), que foi a bandeira da França no período da revolução burguesa de fins do século XVIII e do Império de Napoleão I. Já antes da revolução de 1848 esta bandeira tinha sido o emblema dos republicanos burgueses, agrupados em torno do jornal Le National. Os representantes dos operários viram-se obrigados a ceder que a bandeira Iricolor fosse declarada a bandeira nacional da República Francesa. No entanto, à haste da bandeira foi acrescentada uma roseta vermelha.
(N30) Pretorianos: designação dada na Roma Antiga à guarda pessoal privilegiada dos chefes militares ou do imperador; os pretorianos participavam constantemente nos motins internos e muitas vezes levavam ao trono protegidos seus. Aqui trata-se da Sociedade do 10 de Dezembro (ver o presente volume, pp. 79-82).
(N31) Trata-se da participação conjunta do Reino Napolitano e da Áustria na intervenção contra a República Romana em Maio-Julho de 1849.
(N32) Marx refere-se aos seguintes factos da biografia de Luís Bonaparte: em 1832, Luís Bonaparte adoptou a nacionalidade suíça no cantão de Thurgau; em 1848, durante a sua estada em Inglaterra, Luís Bonaparte entrou como voluntário para a constabulary especial (em Inglaterra, reserva policial composta de civis).
(N33) Restauração de 1814-1830: período do segundo reinado da dinastia dos Bourbons em França. O regime reaccionário dos Bourbons, que representava os interesses da corte e dos clericais, foi derrubado pela revolução de Julho de 1830.
(N34) Trata-se dos dois partidos monárquicos da burguesia francesa na primeira metade do século XIX: os legitimistas e os orleanistas.
Legitimistas: partidários da dinastia "legítima" dos Bourbons, derrubada em 1830, que representava os interesses dos detentores de grandes propriedades fundiárias hereditárias. Na luta contra a dinastía reinante dos Orleães (1830-1848), que se apoiava na aristocracia financeira e na grande burguesia, uma parte dos legitimistas recorria frequentemente à demagogia liberal, apresentando-se como defensores dos trabalhadores contra os exploradores burgueses.
Orleanistas: partidários dos duques de Orleães, ramo secundário da dinastia dos Bourbons, que se mantiveram no poder desde a revolução de Julho de 1830 até serem derrubados pela revolução de 1848; representavam os interesses da aristocracia financeira e da grande burguesia.
No período da Segunda República (1848-1851) ambos os agrupamentos monárquicos constituíram o núcleo do"partido da ordem", partido conservador unificado.
(N35) Partido da ordem: partido que surgiu em 1848 como partido da grande burguesia conservadora, constituía uma coligação das duas fracções monárquicas da França: os legitimistas e os orleanistas (ver a nota 34); de 1849 até ao golpe de Estado de 1851 ocupou uma posição dirigente na Assembleia Legislativa da Segunda República.
(N36) O imperador romano Calígula (37-41) foi levado ao trono pela guarda pretoriana.
(N37) Le Moniteur universel (O Mensageiro Universal): jornal francês, órgão oficial do governo, publicou-se em Paris de 1789 a 1901. Nas páginas do Moniteur eram obrigatoriamente publicadas as disposições do governo, informações parlamentares e outros materiais oficiais: em 1848 publicavam-se também neste jornal informações sobre as reuniões da Comissão do Luxemburgo.
(N38) Na Assembleia Legislativa chamava-se questores aos encarregados de administrar as finanças e de velar pela sua segurança (por analogia com os questores da Roma Antiga). O projecto de lei sobre a concessão ao presidente da Assembleia Nacional do poder de convocar as tropas foi apresentado pelos questores realistas Le Flô, Baze e Panat em 6 de Novembro de 1851, e foi rejeitado em 17 de Novembro, após acesos debates.
(N39) Constitucionais: partidários da monarquia constitucional, representantes da grande burguesia, estreitamente ligada ao poder real, e da aristocracia liberal.
Girondinos: agrupamento político da burguesia durante a revolução burguesa francesa de fins do século XVIII. Os girondinos exprimiam os interesses da burguesia moderada, vacilavam entre a revolução e a contra-revolução, seguiam a via dos entendimentos com a monarquia. Receberam a sua denominação do departamento da Gironde, que era representado na Assembleia Legislativa e na Convenção por muitos dirigentes deste agrupamento.
Jacobinos: agrupamento político da burguesia do período da revolução burguesa francesa de fins do século XVIII, representavam a ala esquerda da burguesia, defendiam de modo consequente e firme a necessidade de suprimir o feudalismo e o absolutismo.
(N40) Em 16 de Abril de 1848 em Paris uma manifestação pacífica de operários que iam entregar uma petição ao Governo Provisório sobre a"organização do trabalho" e a"abolição da exploração do homem pelo homem" foi detida pela Guarda Nacional burguesa, especialmente mobilizada para este fim.
(N41) Fronda: movimento aristocrático-burguês em França em 1648-1653, dirigído contra o absolutismo. Os nobres dirigentes do movimento, apoiando-se no seu séquito e em tropas estrangeiras, utilizaram no seu interesse as insurreições de camponeses e o movimento democrático das cidades, que tiveram lugar nesta época.
(N42) Flor-de-lis: emblema heráldico da monarquia dos Bourbons; violeta: emblema dos bonapartistas.
(N43) Trata-se do conde de Chambord (que se denominava a si próprio Henrique V), do ramo principal da dinastia dos Bourbons, pretendente ao trono francês. Uma das residências permanentes de Chambord na Alemanha ocidental era, para além da cidade de Wiesbaden, a cidade de Ems.
(N44) Nos arredores de Londres, em Claremont, vivia Luís Filipe, que fugiu de França depois da revolução de Fevereiro de 1848.
(N45) Em Bourges realizou-se entre 7 de Março e 3 de Abril o julgamento dos participantes nos acontecimentos de 15 de Maio de 1848 (ver a nota 20). Barbès foi condenado a prisão perpétua, e Blanqui a 10 anos de prisão. Albert, De Flotte, Sobrier, Raspail e os restantes foram condenados a diversas penas de prisão e à deportação nas colónias.
(N46) Alusão aos planos de Luís Bonaparte, que tencionava receber a coroa francesa das mãos do Papa Pio IX. Segundo a tradição bíblica, David, rei de Israel, foi ungido para o trono pelo profeta Samuel.
(N47) A batalha de Austerlitz (Morávia), travada em 2 de Dezembro (20 de Novembro) de 1805, terminou com a vitória de Napoleão I sobre as tropas austro-russas.
(N48) Alusão ao livro de Luís Bonaparte Des idées napoléoniennes (Ideias Napoleónicas), publicado em Paris em 1839.
(N49) Burgraves foi a alcunha dada aos dezassete dirigentes orleanistas e legitimistas que faziam parte da comissão da Assembleia Legislativa para a elaboração do projecto de nova lei eleitoral. A alcunha ficou a dever-se às suas injustificadas pretensões ao poder e às suas aspirações reaccionárias. A alcunha foi retirada do drama histórico homónimo de Victor Rugo sobre a vida da Alemanha medieval. Na Alemanha, os burgraves eram os governadores das cidades e províncias nomeados pelo imperador.
(N50) Segundo a lei de imprensa adoptada pela Assembleia Legislativa em Julho de 1850, era consideravelmente aumentada a soma que os editores de jornais deviam depositar; foi também introduzido o imposto de selo, que foi igualmente alargado aos folhetos.
(N51) La Presse (A Imprensa): jornal que se publicou em Paris a partir de 1836; durante a monarquia de Julho tinha um carácter oposicionista; em 1848-1849 foi órgão dos republicanos burgueses; depois foi um órgão bonapartista.
(N52) Lazzaroni: alcunha dada em Itália aos lumpenproletários, aos elementos desclassificados: os lazzaroni eram frequentemente utilizados pelos círculos monárquico-reaccionários na luta contra o movimento democrático e liberal.
(N53) Alusão a dois factos da biografia de Luís Bonaparte: em 30 de Outubro de 1836, com a ajuda de dois regimentos de artilharia, tentou provocar um motim em Estrasburgo. Os amotinados foram desarmados, e Luís Bonaparte foi preso e deportado para a América. Em 6 de Agosto de 1840 tentou de novo organizar um motim entre as tropas da guarnição local de Boulogne; depois de este motim ter fracassado foi condenado a prisão perpétua, mas fugiu para Inglaterra em 1846.
(N54) Trata-se dos jornais de tendência bonapartista; a denominação provém do Palácio do Eliseu, residência de Luís Bonaparte em Paris durante o seu mandato presidencial.
(N55) Marx utiliza aqui, para um jogo de palavras, versos da ode de Schiller An die Freund (À Alegria), na qual o poeta canta a alegria, filha de Elísio ou dos Campos Elísios (sinónimo de paraíso entre os autores antigos). Os Campos Elísios são também o nome de uma avenida de Paris, na qual se encontrava a residência de Luís Bonaparte.
(N56) Parlamentos: instituições judiciais supremas em França até à revolução burguesa de fins do século XVIII. Os parlamentos faziam o registo das disposições reais e gozavam do chamado direito de recriminação, isto é, do direito de protesto contra as disposições que não correspondiam aos usos e à legislação do país.
(N57) Belle-Isle: ilha no golfo da Biscaia, lugar de reclusão dos presos políticos.
(N58) Marx utiliza aqui, reproduzindo-o embora de maneira não totalmente exacta, o seguinte episódio relatado pelo escritor antigo Ateneu (séculos III) no seu livro Deipnosophistae (Os Banquetes dos Sofistas): o faraó egípcio Takhos, aludindo à pequena estatura de Agesilau, rei de Esparta, que viera em sua ajuda com tropas, disse:"A montanha estava grávida. Zeus assustou-se. Mas a montanha pariu um rato." Agesilau respondeu:"Pareço-te um rato, mas ainda um dia te parecerei um leão."
(N59) L'Assemblée nationale (A Assembleia Nacional): jornal francês de orientação monárquico-legitimista publicado em Paris de 1848 a 1857. Em 1848-1851 exprimia as opiniões dos partidários da fusão de ambos os partidos dinásticos - os legitimistas e os orleanistas.
(N60) Nos anos 50 do século XIX Veneza foi o lugar de residência do pretendente legitimista ao trono de França, conde de Chambord.
(N61) Trata-se das divergências tácticas surgidas no campo dos legitimistas no período da Restauração. Villèle (partidário de Luís XVIII) pronunciou-se por uma aplicação prudente de medidas reaccionárias; Polignac (partidário do conde d'Artois, rei Carlos X a partir de 1824) defendia o total restabelecimento da ordem anterior à revolução.
Palácio das Tulherias em Paris: residência de Luís XVIII; Pavillon Marsan: um dos edifícios do palácio; no período da Restauração foi a residência do conde d' Artois.
(N62) The Economist (O Economista): revista semanal inglesa sobre questões de economia e política, órgão da grande burguesia industrial, publica-se em Londres desde 1843.
(N63) Exposição Industrial de Londres: primeira exposição comercial e industrial do mundo; realizou-se entre Maio e Outubro de 1851.
(N64) Le Messager de L'Assemblée (O Mensageiro da Assembleia): jornal francês de tendência antibonapartista; publicou-se em Paris de 16 de Fevereiro a 2 de Dezembro de 1851.
(N65) Longo Parlamento (1640-1653): parlamento inglês convocado pelo rei Carlos I no início da revolução burguesa e transformado depois em seu órgão legislativo. Em 1649 o Parlamento condenou Carlos I à morte e proclamou a república na Inglaterra; foi dissolvido por Cromwell em 1653.
(N66) Cévennes: região montanhosa da província de Languedoc em França onde, em 1702-1705, uma insurreição camponesa, provocada pelas perseguições aos protestantes, ganhou uma clara expressão antifeudal.
(N67) Alusão ao motim contra-revolucionário na Vendée (província ocidental da França), desencadeado em 1793 pelos realistas franceses, que utilizaram o campesinato atrasado desta província para a luta contra a revolução francesa.
(N68) O Concílio de Constança (1414-1418) foi convocado com o objectivo de reforçar a unidade da Igreja Católica, enfraquecida pelo nascente movimento reformista.
(N69) Alusão às obras dos representantes do socialismo alemão ou"verdadeiro", corrente reaccionária que se difundiu na Alemanha nos anos 40 do século XIX, particularmente entre a intelectualidade pequeno-burguesa.
(N70) Trata-se da regência de Filipe de Orleães em França em 1715-1723, durante a menoridade de Luís XV.
(N71) Sagrada túnica de Trier: relíquia católica conservada na Catedral de Trier, que pretensamente seria a túnica que Cristo vestia quando foi crucificado. Era objecto da adoração de peregrinos.
Inclusão | 17/11/2008 |
Última alteração | 21/03/2013 |