A Crise
[4º de 4 artigos]

Karl Marx

16 de Setembro de 1848


Primeira Edição: Neue Rheinische Zeitung. Organ der Demokratie (Nova Gazeta Renana. Órgão da Democracia), nº 104
Fonte: PUC SP Revista Margem
Tradução: Artigo recolhido e traduzido por Lívia Contrim (e-mail: lcotrim @ aol . com). Leia o artigo da tradutora: A contra-revolução na Alemanha. Marx e a Nova Gazeta Renana
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Fernando A. S. Araújo.
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A crise ministerial entrou outra vez em um novo estágio, não graças à chegada e aos inúteis esforços do impossível sr. Beckerath, mas sim devido à revolta militar em Potsdam e Nauen.(1) O conflito entre democracia e aristocracia irrompeu no próprio seio da Guarda: os soldados viram na resolução da Assembléia do dia 7 sua libertação da tirania dos oficiais, enviaram-lhe mensagens de agradecimento, deram um Viva! a ela.

Assim a espada foi arrancada das mãos da contra-revolução. Agora ninguém ousará dissolver a Assembléia, e se isso não for feito não restará nada mais do que ceder, cumprir a resolução da Assembléia e convocar um ministério Waldeck.

Provavelmente a revolta dos soldados de Potsdam nos economizou uma revolução.


Notas de rodapé:

(1) Em 13 de setembro, os 1o e 2o Regimentos da Guarda em Potsdam se revoltaram contra as medidas arbitrárias de seus oficiais. O motivo principal foi o embargo, pelos oficiais, de uma mensagem de agradecimento ao deputado Stein e à Assembléia Nacional prussiana pela resolução de 7 de setembro. Os soldados chegaram a construir barricadas. Em Nauen, os couraceiros da Guarda ali estacionados recusaram-se, em 10 de setembro, a se lançar contra os cidadãos por ordem de seus oficiais. (retornar ao texto)

Inclusão 12/09/2014