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Pronunciado: a 26 de Julho de 1918.
Primeira Edição: em 1957 na Revista Kommunist, n° 5.
Fonte: Obras Escolhidas em Três Tomos, 1978, t2, p 651, Edições Avante! - Lisboa, Edições Progresso - Moscovo.
Tradução: Edições "Avante!" com base nas Obras Completas de V. I. Lénine, 5.ª ed. em russo, t. 36, pp. 535-536.
Transcrição: Partido Comunista Português
Enviado: Diego Grossi Pacheco
HTML: Fernando A. S. Araújo, março 2009.
Direitos de Reprodução: © Direitos de tradução em língua portuguesa reservados por Edições
"Avante!" - Edições Progresso Lisboa - Moscovo, 1977.
(O aparecimento do camarada Lénine provoca uma ovação prolongada. Executa-se a «Internacional». Todos se põem de pé.)
A palavra é concedida ao camarada Lénine, que apresenta, de uma forma muito clara e acessível, a essência da Constituição Soviética, esclarecendo as teses fundamentais desta Constituição.
Os Sovietes são a forma superior de governo do povo. Os Sovietes não são invenção de uma cabeça. São o produto da actividade real. Apareceram e cresceram pela primeira vez na história da humanidade no nosso país atrasado, mas devem tornar-se objectivamente a forma do poder dos trabalhadores em todo o Mundo.
Todas as constituições que existiram até agora velavam pelos interesses das classes dominantes. E só a Constituição Soviética serve e servirá sempre os trabalhadores e constitui um instrumento poderoso na luta pela realização do socialismo. O camarada Lénine assinalou muito justamente as diferenças entre as reivindicações da «liberdade de imprensa e de reunião» nas constituições burguesas e na Constituição Soviética. Ali a liberdade de imprensa e de reunião é monopólio exclusivo da burguesia, ali a burguesia reúne-se nos seus salões, edita os seus grandes jornais, publicando-os com os recursos dos bancos, com o objectivo de semear mentiras e calúnias e envenenar a consciência das massas populares, ali estrangulam a imprensa operária e não lhe deixam dizer a sua palavra e a sua opinião sobre a guerra de rapina, são perseguidos os inimigos da guerra, são proibidas as suas reuniões. Mas aqui, na Rússia soviética, a imprensa operária existe e serve os trabalhadores. Na Rússia tiramos à burguesia casas e palácios luxuosos, pondo-os à disposição dos operários para eles os transformarem em clubes seus, e isso é a liberdade de reunião de facto. A religião é um assunto privado. Que cada um creia naquilo que quiser ou não creia em nada. A República Soviética une os trabalhadores de todas as nações e defende os interesses dos trabalhadores sem distinção de nação. A República Soviética não conhece quaisquer distinções religiosas. Ela está fora de qualquer religião e procura separar a religião do Estado Soviético. A seguir o camarada Lénine descreveu a situação difícil em que se encontra o Poder Soviético, cercado por todos os lados por um círculo de abutres imperialistas. O camarada Lénine exprime a certeza de que os combatentes do Exército Vermelho defenderão com todas as forças a nossa República Soviética dos atentados do imperialismo internacional e a conservarão até que venha em nossa ajuda o nosso aliado, o proletariado internacional.
(A reunião acompanha unanimemente o discurso do camarada Lénine com aplausos tempestuosos, longos e incessantes. Executa-se a «Internacional».)
Fonte |
Inclusão | 30/03/2009 |