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Primeira edição: Pravda, n.º 37 e 38; 28 (15) de Fevereiro e 1 de Março (16 de Fevereiro) de 1918. Assinado: N. Lenine..
Fonte: Obras Escolhidas em Três Tomos, 1977, tomo 2, pág: Edições Avante! - Lisboa, Edições Progresso - Moscovo
Tradução: Edições "Avante!" com base nas Obras Completas de V. I. Lénine, 5.ª ed. em russo, t. 35, pp. 399-407.
Transcrição e HTML: Fernando A. S. Araújo
Direitos de Reprodução: © Direitos de tradução em língua portuguesa reservados por Editorial "Avante!" - Edições Progresso Lisboa - Moscovo, 1977.
Numa resolução aprovada a 24 de Fevereiro de 1918, o Bureau Regional de Moscovo do nosso partido exprimiu a sua desconfiança no Comité Central[N257], negando-se a submeter-se às suas decisões «que estejam relacionadas com a aplicação das condições do tratado de paz com a Áustria-Alemanha», e no «texto explicativo» da resolução declarou que «considera difícil evitar a cisão do partido nos próximos tempos»(1*).
Em tudo isto nada existe não só de monstruoso, mas até de estranho. É inteiramente natural que camaradas que divergem fortemente do CC na questão da paz separada, o critiquem fortemente e exprimam a convicção da inevitabilidade de uma cisão. Isto é um direito muito legítimo dos membros do partido, isto é perfeitamente compreensível.
Mas eis o que existe de estranho e monstruoso. A resolução é acompanhada por um «texto explicativo». Ei-lo na íntegra:
«O Bureau Regional de Moscovo considera difícil evitar a cisão do partido nos próximos tempos e coloca como sua tarefa a união de todos os elementos comunistas revolucionários consequentes que lutam tanto contra os partidários da conclusão de uma paz separada como contra todos os elementos oportunistas moderados do partido. No interesse da revolução internacional, consideramos razoável aceitar a possibilidade da perda do Poder Soviético, que se está agora a converter num poder puramente formal. Como antes, vemos a nossa tarefa fundamental na difusão das ideias da revolução socialista a todos os outros países e na aplicação enérgica da ditadura operária, na repressão implacável da contra-revolução burguesa na Rússia.»
Sublinhámos aqui as palavras que são ... estranhas e monstruosas. Nestas palavras está a essência da questão.
Estas palavras conduzem ao absurdo toda a linha dos autores da resolução. Estas palavras revelam com excepcional clareza a raiz dos seus erros. «No interesse da revolução internacional, é razoável aceitar a possibilidade da perda do Poder Soviético ...» Isto é estranho, pois nem sequer existe ligação entre as premissas e a conclusão. «No interesse da revolução internacional, é razoável aceitar a derrota militar do Poder Soviético» — esta tese poderia ser verdadeira ou falsa, mas não se poderia chamar-lhe estranha. Isto em primeiro lugar.
Em segundo lugar: o Poder Soviético «está agora a converter-se num poder puramente formal». Isto já não é apenas estranho, mas francamente monstruoso. É claro que os autores penetraram no labirinto de uma completa embrulhada. Temos de desfazer a embrulhada.
No que respeita à primeira questão, o pensamento dos autores consiste, evidentemente, em que, no interesse da revolução internacional, é razoável aceitar a possibilidade da derrota na guerra, que conduziria à perda do Poder Soviético, isto é, à vitória da burguesia na Rússia. Manifestando este pensamento, os autores reconhecem indirectamente a justeza do que expus nas teses (de 8 de Janeiro de 1918, publicadas no Pravda de 24 de Fevereiro de 1918)(2*), a saber, que a não aceitação das condições de paz propostas pela Alemanha conduziria a Rússia à derrota e ao derrubamento do Poder Soviético.
Assim, la raison finit toujours par avoir raison — a verdade vem sempre ao de cima! Os meus adversários «extremos», os moscovitas, que ameaçam com a cisão, deviam — precisamente porque chegaram a falar abertamente de cisão — ter falado até ao fim das suas considerações concretas, considerações que preferem eludir as pessoas que se limitam a frases gerais sobre a guerra revolucionária. Toda a essência das minhas teses e dos meus argumentos (como verá todo aquele que desejar ler atentamente as minhas teses de 7 de Janeiro de 1918) consiste na indicação da necessidade de aceitar agora, neste instante, uma paz arquidura, e, ao mesmo tempo, preparando seriamente a guerra revolucionária (e precisamente também no interesse desta preparação séria). Toda a essência dos meus argumentos foi eludida ou não notada, não a queriam notar os que se limitavam a frases gerais sobre a guerra revolucionária. E agora devo agradecer de todo o coração precisamente aos meus adversários «extremos», os moscovitas, por terem rompido «a conspiração do silêncio» a propósito da essência dos meus argumentos. Os moscovitas foram os primeiros a responder-lhes.
E qual foi a sua resposta?
A resposta consistiu em reconhecer a justeza do meu argumento concreto: sim, reconheceram os moscovitas, espera-nos efectivamente a derrota se aceitarmos neste momento o combate com os alemães(3*). Sim, esta derrota conduziria, na realidade, à queda do Poder Soviético.
Mais e mais uma vez: agradeço de todo o coração aos meus adversários «extremos», os moscovitas, por terem rompido a «conspiração do silêncio» contra a essência dos meus argumentos, isto é, precisamente contra as minhas indicações concretas sobre as condições da guerra, no caso de as aceitarmos imediatamente, e por terem reconhecido corajosamente a justeza da minha indicação concreta.
Adiante. Em que consiste a refutação dos meus argumentos, cuja justeza, no fundo, os moscovitas foram obrigados a reconhecer?
Em que, no interesse da revolução internacional, é necessário aceitar a perda do Poder Soviético.
Porque o exigem os interesses da revolução internacional? Está aqui o âmago da questão, está aqui a própria essência da argumentação para aqueles que quiseram refutar os meus argumentos. E exactamente quanto a este ponto, o mais importante, fundamental e básico, não se diz uma única palavrinha, nem na resolução nem no texto explicativo. Os autores da resolução encontraram tempo e local para falar do que é conhecido de todos e indiscutível — tanto da «repressão implacável da contra-revolução burguesa na Rússia» (com os recursos e métodos de uma política que conduz à perda do Poder Soviético?), como da luta contra todos os elementos oportunistas moderados do partido —, mas daquilo que é exactamente discutível, do que respeita exactamente à essência da posição dos adversários da paz, nem uma palavra!
Estranho. Extraordinariamente estranho. Não se teriam calado sobre isto os autores da resolução por terem sentido neste ponto a sua especial fraqueza? Exprimir claramente porquê (exigem-no os interesses da revolução internacional) significaria talvez desmascararem-se a si mesmos ...
Seja como for, temos de procurar os argumentos que puderam guiar os autores da resolução.
Talvez os autores suponham que os interesses da revolução internacional proíbem qualquer espécie de paz com os imperialistas? Tal opinião foi expressa por alguns adversários da paz numa conferência de Petrogrado, mas foi apoiada apenas por uma insignificante minoria dos que objectavam contra a paz separada[N258]. É claro que esta opinião conduz a negar que sejam razoáveis as conversações de Brest e a negar a paz, «mesmo» com a condição de que a Polónia, a Letónia e a Curlândia fossem devolvidas. A incorrecção de semelhantes concepções (rejeitadas, por exemplo, pela maioria dos adversários petrogradenses da paz) salta aos olhos. Do ponto de vista de tais concepções, uma república socialista rodeada por potências imperialistas não poderia concluir quaisquer acordos económicos, não poderia existir, a não ser que fosse para a Lua.
Talvez os autores suponham que os interesses da revolução internacional exigem que a empurrem, e que tal empurrão não poderia ser senão a guerra, e de modo algum uma paz capaz de produzir nas massas a impressão de uma espécie de «legimitação» do imperialismo? Tal «teoria» romperia completamente com o marxismo, que sempre negou o «empurrão» às revoluções, que se desenvolvem na medida em que se agudizam as contradições de classe que originam as revoluções. Semelhante teoria equivaleria à concepção de que a insurreição armada é, sempre e em todas as condições, a forma obrigatória de luta. De facto, os interesses da revolução internacional exigem que o Poder Soviético, que derrubou a burguesia do país, ajude esta revolução, mas que escolha uma forma de ajuda correspondente às suas forças. Ajudar a revolução socialista à escala internacional, aceitando a possibilidade da derrota desta revolução no próprio país — esta concepção nem sequer decorre da teoria do empurrão.
Talvez os autores da resolução suponham que a revolução já começou na Alemanha, que ali já adquiriu o carácter de guerra civil aberta e em todo o país, que por isso devemos dedicar todas as nossas forças a ajudar os operários alemães, que devemos perecer nós próprios («perda do Poder Soviético»), salvando a revolução alemã que já começou o seu combate decisivo e é alvo de golpes muito duros? Deste ponto de vista, nós, perecendo, distrairíamos uma parte das forças da contra-revolução alemã e com isso salvaríamos a revolução alemã.
É completamente admissível que com tais premissas não só seria «razoável» (segundo a expressão dos autores da resolução), mas também perfeitamente obrigatório aceitar a possibilidade de uma derrota e a possibilidade da perda do Poder Soviético. Mas é claro que estas premissas não existem. A revolução alemã amadurece, mas é evidente que ainda não chegou à sua eclosão na Alemanha, à guerra civil na Alemanha. É claro que nós não ajudaríamos, mas estorvaríamos, o amadurecimento da revolução alemã «aceitando a possibilidade da perda do Poder Soviético». Com isso ajudaríamos a reacção alemã, faríamos o seu jogo, dificultaríamos o movimento socialista na Alemanha, afastaríamos do socialismo amplas massas de proletários e semiproletários da Alemanha que ainda não vieram ao socialismo, que seriam atemorizados pela derrota da Rússia Soviética, tal como a derrota da Comuna em 1871 atemorizou os operários ingleses.
Por mais voltas que lhes dêmos, não encontramos lógica nos raciocínios do autor. Não há argumentos razoáveis a favor de que «no interesse da revolução internacional é razoável aceitar a possibilidade da perda do Poder Soviético».
«O Poder Soviético está agora a converter-se num poder puramente formal» — eis a afirmação monstruosa que acabam por fazer, como vimos, os autores da resolução moscovita.
Uma vez que, segundo eles, os imperialistas alemães nos cobrarão um tributo, uma vez que eles nos impedirão a propaganda e a agitação contra a Alemanha, o Poder Soviético perde o seu significado, «está a converter-se num poder puramente formal». Tal é, provavelmente, o curso das «ideias» dos autores da resolução. Dizemos «provavelmente», pois os autores nada nos deram de claro e preciso em apoio da tese examinada.
Um estado de espírito do mais profundo e desesperado pessimismo, um sentimento de completo desespero — eis o que constitui o conteúdo da «teoria» sobre o pretenso significado formal do Poder Soviético e a admissibilidade da táctica da aceitação da possibilidade da perda do Poder Soviético. Seja como for, não há salvação, que pereça mesmo o Poder Soviético, tal é o sentimento que ditou a monstruosa resolução. Os argumentos pseudo-«económicos» com que se revestem por vezes semelhantes pensamentos, reduzem-se ao mesmo pessimismo desesperado: que espécie de república soviética é esta, quando podem ser-lhe impostos tributos como este, como aquele e como outro ainda.
Nada senão desespero: seja como for, perecer!
Sentimento compreensível na situação arquidura em que se encontra a Rússia. Mas «compreensível» não entre os revolucionários conscientes. Ele é característico precisamente como um levar ao absurdo as concepções dos moscovitas. Os franceses de 1793 nunca diriam que as suas conquistas, a república e o democratismo se tinham convertido em algo puramente formal, que era preciso aceitar a possível perda da república. Eles estavam cheios não de desespero, mas de confiança na vitória. Apelar para a guerra revolucionária e ao mesmo tempo falar numa resolução oficial de «aceitar a possibilidade da perda do Poder Soviético» significa desmascarar-se por completo.
No princípio do século XIX, durante as guerras napoleónicas, a Prússia e uma série de outros países conheceram derrotas, conquistas, humilhações e opressões por parte do conquistador incomparável e incomensuravelmente mais duras e pesadas que a Rússia em 1918. E, no entanto, os melhores homens da Prússia, quando Napoleão os esmagava com o tacão da sua bota militar, cem vezes mais forte do que aquela com que agora podem esmagarmos, não desesperavam, não falavam do significado «puramente formal» das suas instituições políticas nacionais. Não faziam gestos desdenhosos, não se deixavam dominar pelo sentimento: «seja como for, perecer.» Assinaram tratados de paz incomensuravelmente mais duros, brutais, vergonhosos e opressivos do que o de Brest, souberam esperar depois, suportaram firmemente o jugo do conquistador, combateram de novo, caíram de novo sob o jugo do conquistador, assinaram de novo tratados de paz infames e mais do que infames, ergueram-se de novo e finalmente libertaram-se (não sem utilizarem as discórdias entre conquistadores concorrentes mais fortes).
Porque é que não podia semelhante coisa repetir-se na nossa história?
Por que cair no desespero e escrever resoluções — mais vergonhosas, sabe Deus, que a paz mais vergonhosa —, resoluções acerca de que «o Poder Soviético se está a converter num poder puramente formal»?
Porque é que as derrotas militares mais duras na luta contra os colossos do imperialismo contemporâneo não poderão também na Rússia temperar o carácter do povo, reforçar a autodisciplina, matar a gabarolice e a fraseologia, ensinar a firmeza, conduzir as massas para a táctica justa dos prussianos esmagados por Napoleão: assinai os tratados de paz mais vergonhosos quando não tendes exército, reuni forças e erguei-vos depois uma e outra vez?
Por que razão devemos cair no desespero ao primeiro tratado de paz inauditamente duro, quando outros povos souberam suportar com firmeza calamidades mais amargas?
Será a firmeza do proletário, que sabe que tem de submeter-se se não tem forças, e que, no entanto, é capaz de, depois, custe o que custar, se levantar uma e outra vez, acumulando forças em quaisquer condições — será a firmeza do proletário que corresponde a esta táctica do desespero, ou a falta de carácter do pequeno burguês que, representado entre nós pelo partido dos socialistas-revolucionários de esquerda, bateu o recorde da frase sobre a guerra revolucionária?
Não, queridos camaradas moscovitas «extremos»! Cada dia de provação afastará de vós precisamente os operários mais conscientes e firmes. O Poder Soviético, dirão eles, não se converte nem se converterá num poder puramente formal, não só quando o invasor se encontra em Pskov e nos faz pagar uma contribuição de 10 000 milhões em cereais, minerais e dinheiro, mas também quando o adversário se encontrar em Níjni-Nóvgorod e em Rostov-do-Don e nos fizer pagar um tributo de 20 000 milhões.
Nunca nenhuma conquista estrangeira converterá em «puramente formal» uma instituição política popular (e o Poder Soviético não é apenas uma instituição política, muitas vezes superior a todas as que houve na história). Pelo contrário, a conquista estrangeira não fará mais do que reforçar as simpatias populares para com o Poder Soviético, se ... se ele não se lançar em aventuras.
Recusar a assinatura da paz mais infame quando não se tem exército, é uma aventura pela qual o povo tem o direito de culpar o poder responsável por tal recusa.
A assinatura de uma paz incomensuravelmente mais dura e vergonhosa do que a de Brest já se deu na história (exemplos anteriormente indicados), e não conduziu a uma perda de prestígio do poder, não o tornou formal, não fez perecer nem o poder nem o povo, mas temperou o povo, ensinou ao povo a ciência dura e difícil de preparar um exército sério, mesmo numa situação desesperadamente difícil, debaixo do tacão da bota do conquistador.
A Rússia caminha para uma nova e verdadeira guerra patriótica, para uma guerra pela manutenção e pela consolidação do Poder Soviético. É possível que outra época — como o foi a época das guerras napoleónicas — seja a época de guerras de libertação (precisamente de guerras, e não de uma só guerra) impostas pelos conquistadores à Rússia Soviética. Isto é possível.
E, por isso, mais vergonhoso do que qualquer paz dura e arquidura ditada pela falta de exército, mais vergonhoso do que qualquer paz vergonhosa — é o desespero vergonhoso. Se tratarmos de um modo sério a insurreição e a guerra, não pereceremos nem mesmo com uma dezena de tratados de paz arquiduros. Não pereceremos às mãos dos conquistadores se não nos deixarmos abater pelo desespero e pela frase.
Notas de rodapé:
(1*) Eis o texto completo da resolução: "Tendo discutido a actividade do CC, o Bureau Regional de Moscou do POSDR exprime a sua desconfiança no CC, dada a sua linha política e a sua composição, e na primeira oportunidade insistirá na nova eleição dele. Além disso, o Bureau Regional de Moscovo não se considera obrigado a submeter-se a qualquer preço às decisões do CC que estejam relacionadas com a aplicação das condições do tratado de paz com a Áustria-Alemanha". A resolução foi aprovada por unanimidade.
(2*) Ver "Para a História da Questão da Paz Infeliz".
(3*) À objecção de que de qualquer modo era impossível evitar o combate, a resposta é dada pelos factos: a 8 de Janeiro são lidas as minhas teses; até 15 de Janeiro podiamos ter a paz. A trégua seria seguramente garantida (e para nós a mais pequena trégua tinha um significado gigantesco — tanto material como moral —, pois os alemães teriam de declarar uma nova guerra), se... se não fosse a frase revolucionária.
Notas de fim de Tomo:
[N257] Trata-se de uma resolução aprovada pelo Bureau Regional de Moscovo do POSDR(b) no qual, durante a luta do partido pela paz de Brest, os «comunistas de esquerda» contaram, provisoriamente, com a maioria. Na Primavera de 1918 esse bureau desempanhava já, na realidade, o papel de um centro fraccionista antipartido. A resolução anti-soviética e cisionista a que Lenine se refere foi aprovada numa reunião com um pequeno número de membros do bureau e quando o Comité Central do Partido já tinha aceitado as novas condições de paz impostas pelos imperialistas alemães. (retornar ao texto)
[N258] Trata-se da votação sobre a questão da paz com a Alemanha numa conferência do CC do Partido com representantes das diferentes correntes existentes no Partido, realizada em 21 de Janeiro (3 de Fevereiro) de 1918. Nesta assembleia votaram contra a admissibilidade da paz em geral entre Estados socialistas e imperialistas dois «comunistas de esquerda»: Ossínski (Obolénski) e Stukov. Na votação a maioria dos «comunistas de esquerda» adoptou uma posição ambígua: admitindo a possibilidade de conclusão da paz entre Estados socialistas e imperialistas, ao mesmo tempo votaram contra a imediata conclusão da paz com a Alemanha. (retornar ao texto)
Inclusão | 11/05/2011 |