(1788-1860): Filosofo alemão, ilustre escritor. Era filho de um patrício de Dantzig, grande comerciante. Sua filosofia, que apareceu na mesma época que a de Hegel, ficou sem exercer influência sobre o seu tempo até 1848, em virtude do seu ponto de vista politico extremamente reacionário e quietista. A "essência” da natureza é, conforme Schopenhauer, a vontade cega. Essa vontade é má e*constitui a raiz de todo o mal. A vida humana é, sobretudo, de sofrimentos, porque e na medida em que é dominada pela vontade. A salvação não é possível senão pela paralisia ou pela negação da vontade. Tais ideias feriam de frente o sentimento da burguesia revolucionária de antes de Marx (1848); refletiam a orientação da camada superior reacionária da burguesia da época. A filosofia de Schopenhauer só se tornou popular após a derrota da revolução alemã de 1848, uma vez que exprimia a depressão moral (Kazenjammerstimmung) que havia invadido, então, a burguesia alemã. Duas circunstancias contribuíram ainda para a formação da popularidade de Schopenhauer: 1) seu extraordinário talento de exposição, que dele fez um dos grandes prosadores da Alemanha; 2) era filosofo entre os filisteus e filisteu entre os filósofos. Sua teoria do conhecimento é kantista, isto é, idealista. Obra principal: O mundo como vontade e representação, 1819. Ha diversas edições de suas Obras Completas. |