Estado fascista instalado na Croácia, em 1941, após desintegração do Reino da Jugoslávia. Apenas o partido nacionalista “ustacha” era legal, e em teoria, “colectivizou” toda a economia – “os bens materiais e espirituais são propriedade do povo”. A raça croata foi proclamada “raça superior; aos sérvios foram dadas as opções: conversão ao catolicismo, emigração ou o extermínio. A prática das forças militares e paramilitares era a do terror; na Bósnia e na Herzegovina, os milicianos “ustachi” massacraram aldeias inteiras de ortodoxos e de muçulmanos. A perseguição e massacre de judeus foi também uma realidade. Paradoxalmente (dado o seu pendor nacionalista) o governo croata assinou um tratado que cedia à Itália a costa da Dalmácia e a Eslovénia. Também entregou aos italianos e alemães a fiscalização dos meios de transporte, os correios, as minas e as vias de comunicação. Quando Mussolini cai do poder, em 1943, Hitler continuou a apoiar o regime croata de Pavelic até ao fim, em 1945, derrotado pelo exército de guerrilheiros de Tito, que extinguiu também a Croácia independente. |
Fonte: Michel, Henri, Os Fascismos, Col.Universidade Moderna, nº56, Publicações Dom Quixote, 1977, p.132. |