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  Programa de Gotha
 

Programa do Partido Operário Socialista da Alemanha, aprovado em 1875 no Congresso de Gotha, no qual se unificaram os dois partidos socialistas alemães, que até então tinham estado separados: os eisenachianos )dirigidos por A. Bebel e W. Liebknecht, influenciados ideologicamente por Marx e Engels) e os lassallianos. O programa enfermava de ectectismo e era oportunista, uma vez que os eisenachianos fizeram concessões aos lassallianos nas questões mais importantes e aceitaram as formulações lassallianas. K. Marx e F. Engels submeteram o projecto do Programa de Gotha a uma crítica demolidora, considerando-o como um grande passo atrás em comparação com o Programa de Eisenach, aprovado em 1869.
As reivindicações políticas do programa de Gotha diziam: «O Partido operário alemão exige assegurar a base livre do Estado: 1º - Sufrágio Universal, igual directo, e por meio de escrutínio secreto para todos os homens desde os 21 anos, em todas as eleições nacionais e municipais; 2º - Legislação directa pelo povo com direito a iniciativa e de veto; 3º - Instrução militar para todos. Milícias do povo em vez de exército permanente. As decisões acerca da guerra e da Paz deverão tomar-se por meio da representação do povo; 4º - Derrogação de todas as leis de carácter excepcional e sobretudo, as da imprensa, reunião e associação; 5º Tribunal do povo. Gratuitidade da justiça. O Partido operário alemão exige para assegurar o fundamento espiritual e moral do Estado: 1º- Educação popular geral e igual, a cargo do Estado. Assistência escolar obrigatória para todos. Instrução gratuita. 2º - Liberdade de consciência»


  Leia a crítica de Marx ao Programa de Gotha
  Fonte: Lenin - Obras Escolhidas em 3 Tomos e Engels: Carta a Bebel