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Maranhão Filho, Luiz Ignácio | ||||||||||||||||||||||||||
(1921-1974), advogado, jornalista, professor, parlamentar e militante do PCB. Com o Golpe de estado seu mandato de deputado estadual no Rio Grande do Norte foi cassado, sendo preso e libertado por um habeas corpus no final de 1964. seguiu para o Rio de Janeiro, onde viveu na clandestinidade até ser, em 1974, capturado e assassinado sob tortura pela repressão, sendo que seu corpo jamais foi encontrado. Dados PessoaisNasceu em 25 de janeiro de 1921 em Natal, Rio Grande do Norte, filho de Luís Inácio Maranhão e Maria Salmé Carvalho Maranhão, casado com Odete Roselli Garcia. AtividadesAdvogado. Professor do Atheneu Norteriograndense, da Fundação José Augusto e da Universidade Federal do RN. Jornalista, colaborou com diversos jornais do Estado, particularmente com o Diário de Natal. Escreveu vários artigos sobre questões candentes da realidade para a Revista da Civilização Brasileira. Membro do Partido Comunista Brasileiro (PCB), tendo sido eleito para o seu Comitê Central no VI Congresso do partido em 1967. Preso em 1952 pela Aeronáutica em Parnamirim, foi brutalmente torturado, constituindo essa saga vivida por Luís, um capítulo do livro A História Militar do Brasil, de Nélson Werneck Sodré. Em 1958 é eleito Deputado Estadual, pela legenda do Partido Trabalhista Nacional (PTN), desempenhando o mandato até 1962. No início de 1964, a convite de Fidel Castro visita Cuba. Com o golpe militar de abril do mesmo ano, Luís é preso e, novamente, submetido à tortura. Permanece preso até fins de 1964. Libertado, imediatamente passa à clandestinidade, no Rio de Janeiro. Durante o período de vida clandestina, Luís Maranhão Filho, atua em diversas missões e comissões partidárias. Era importante elo de ligação nos contatos do partido com a Igreja Católica e políticos de oposição legal. Circustâncias e MorteLuís Maranhão foi preso no dia 03 de abril de 1974 numa praça em São Paulo, capital. Pessoas que presenciaram a cena, informam que ele foi algemado e conduzido num transporte de presos pelos agentes do DOI-CODI do II Exército. A ditadura militar jamais reconheceu a prisão do militante político; foi incluído no rol dos desaparecidos. Sua esposa denunciou, através do Secretário Geral do MDB (Movimento Democrático Brasileiro), deputado Thales Ramalho, que Luís estava sendo torturado em São Paulo pelo famigerado assassino Sergio Fleury. Em 15 de maio de 1974, o vice-líder da ARENA, Deputado Garcia Neto prometia "que o governo tomaria providências para elucidar os sequestros de presos políticos, inclusive de Luís Maranhão Filho". Providências nunca encaminhadas. Em 08 de abril de 1987, o ex-médico e torturador Amilcar Lobo revelou, em entrevista à Revista Isto É, que viu Luís sendo torturado no DOI-CODI do I Exército no Rio de Janeiro. Em 1993 o ex-agente do DOI-CODI, Marival Chaves, em entrevista à Revista Veja, disse que Luís fora trucidado pelos órgãos de segurança da ditadura militar; seu corpo não foi localizado. Situação AtualLuís Inácio Maranhão Filho foi homenageado em 1993 com a criação do Instituto Prof. Luís Maranhão Filho, entidade vinculada à campanha de legalização do PCB no início da década de 80. Com a Lei no. 9l40/95, seu nome consta da primeira relação dos mortos e desaparecidos políticos, tendo a União reconhecido sua responsabilidade pela morte desses militantes.
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Fonte: DHnet | ||||||||||||||||||||||||||
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