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  Liebig, Justus, barão de
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(1803-1873): Químico alemão, nasceu cm Darmstadt, em 1803, e morreu em Munich em 1873. Foi aprendiz numa farmácia de Heppenheim (1818), e seguiu os cursos de ciências naturais nas Universidades de Bonn e de Erlangen, onde recebeu o grau doutor (1822): Foi mandado para Paris, à custa do governo do grão-ducado, para lá estudar química. Humboldt alcançou para ele, em 1824, a cadeira de química da Universidade de Giessen, onde criou o primeiro laboratório escola que existiu na Europa. Em 1837, assistiu ao congresso da Associação britânica para o adiantamento das ciências, onde leu a sua memória sobre a composição e relações químicas do acido úrico. Em 1849 substituiu Gmelin como professor de química na Universidade de Heidelberg. Enfim, cm 1852 fixou-se em Munich, onde lhe deram cadeira e a direção de um laboratório. Liebig, foi um dos primeiros que aplicou a análise aos fenômenos da vida orgânica. Entre as suas descobertas, citaremos: um método para pratear o vidro; a formação artificial do acido tartárico; a aplicação do ozona ao branqueamento dos tecido vegetais (por exemplo, ao papel); a transformação instantânea do álcool em acido acético; a formação artificial do acido hipúrico; estudos sobre a flor dos vinhos, etc. Empregam-se ainda nas manipulações químicas os denominados tubos de Liebig, contendo matérias dessecantes ou fixadoras de determinadas substancias. Aos 21 anos, já era professor de química em Giessen e, no fim de sua vida, era presidente da Academia de Ciências da Baviera. Fundou toda uma escola de químicos eminentes. Publicou mais de 300 estudos científicos. Ocupou-se principalmente com a química orgânica e a alimentação das plantas e dos animais. Karl Marx considerou (O Capital, t. I) sua descoberta das lacunas da agricultura moderna do ponto de vista das ciências naturais como “um dos méritos imortais de Liebig”. Em sua obra sobre Die Chemie in ihrer Anwendung auf Agrikultur und Physiologie (A química aplicada à agricultura e à fisiologia), assentou o princípio de que a fertilização do solo não pode ser mantida nem aumentada se não lhe forem restituídas as substancias nutritivas arrebatadas em forma de produtos agrícolas. O desenvolvimento deste aspecto negativo da agricultura moderna constitui um dos seus principais méritos. Foi o primeiro a demonstrar que a diminuição do rendimento do solo provem da falta de substancias minerais necessárias às plantas e da ausência de um produto de substituição natural de tais substancias. Deduziu a necessidade da utilização de adubos artificiais, isto é, da adição artificial das substancias necessárias aos vegetais: acido fosfórico, cal, azoto. Liebig descobriu também o clorofórmio. Em filosofia, era discípulo de Schelling, dualista e metafisico, louvou a sabedoria e o poder do criador do mundo e defendeu a existência de uma “força vital” e de um princípio espiritual dominando a natureza. Obras principais: Die Chemie in ihrer Anwendung auf Agrikultur und Physiologie, 1840 (7.a edição em 1867), (A química em sua aplicação à agricultura e à fisiologia); Über Theorie and Praxis in der Landwirtschaft, 1856, (Sobre a teoria e a pratica na agricultura), e Die Grundsatze der Agrikultur chemie, 1885, (Os princípios da química agrícola): Publicou com Wöhler e Poggendorf Handwörterbuch der reinen und angewandten Chemie, 1837, (Dicionário de química pura e aplicada): Liebig adquiriu grande renome com as suas Chemischen Briefe, 1844, (Cartas Químicas): Ver igualmente Reden und Abhandlungen, 1874), (Discursos e estudos), Tratado de química aplicada à fisiologia e a patologia (1841-1844); Introdução ao estudo da química (1843); As leis naturais da agricultura (1864); Indução e dedução (1865); etc. Foi-lhe levantada uma estatua de bronze em Munich (1883):

  Fonte: Lênin - Materialismo e Empirocriticismo
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