(1913-1987): militar brasileiro, comunista, ex-secretário-geral do Partido Comunista Brasileiro. Em 1935, é convidado para participar da Aliança Nacional Libertadora, passando a recrutar cabos e sargentos para o movimento. Nessa época entra para o Partido Comunista Brasileiro. No levante de novembro de 1935, Giocondo foi ferido, e com o fracasso do movimento foi preso, fugiu, foi ferido e novamente é preso. Foi solto em julho de 37. Libertado da prisão, é condenado à revelia pelo Tribunal de Segurança a 8 anos e seis meses de reclusão. Clandestino, alista como voluntário para combater ao lado das forças republicanas contra o fascismo na Guerra Civil Espanhola. Pôr motivos de saúde é impedido de viajar. Participa da reorganização do PCB e do movimento patriótico de apoio à Força Expedicionária Brasileira. Anistiado, é eleito para compor o Comitê Estadual do PCB na Bahia. Em 1946 elege-se deputado à Assembléia Constituinte baiana e membro do Comitê Central do Partido. Com a cassação do registro do PCB e a perda de seu mandato parlamentar, sai de Salvador e fixa residência na cidade do Rio de Janeiro. De 1949 a 1957 - entre outras atividades - torna-se responsável pela segurança pessoal do então secretário-geral do Partido Comunista Brasileiro, Luís Carlos Prestes. Em 1957 é eleito para compor o Secretariado e a Comissão Executiva do CC do PCB. Em 1958 é a figura central do movimento renovador que dá origem à "Declaração de Março", documento decisivo na reversão das tendências dogmáticas e mecanicistas reveladas no "Manifesto de Agosto" e nas resoluções do IV Congresso. Com a eclosão do golpe de 1964, vai para a clandestinidade e é condenado - novamente à revelia - a sete anos de prisão pela 1a. Auditoria Militar de São Paulo, no famoso processo das "cadernetas de Prestes". Com a dura repressão imposta pela ditadura aos comunistas, é chamado em 1976 a compor o CC do PCB no exterior. Anistiado, retorna ao país em 1979. Em maio de 1980, no auge das divergências com Prestes, a direção nacional elegeu Giocondo Dias secretário-geral, depois de declarar vago o cargo. Com a legalização do PCB, o cargo de secretário-geral é substituído pelo de presidente do Partido, função esta que Giocondo exerce até o VIII Congresso, em 1987, quando é substituído, por motivos de saúde, por Salomão Malina. Giocondo Dias faleceu em casa aos 73 anos como presidente de honra do PCB.
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