O primeiro jornal ilegal georgiano
do grupo iskrista-leninista da primeira organização social-democrática da Geórgia, "Messame-Dassi", de Tíflis. Stálin foi o
idealizador do jornal e conseguiu realizar a iniciativa graças à
luta que, desde 1898, a minoria revolucionária (Stálin, Ketskhoveli, Tsulukidze) da referida organização travava contra a
maioria oportunista (Jordânia e outros). A Brdzola foi impressa
em Baku numa tipografia clandestina, organizada por Ketskhoveli, íntimo colaborador de Stálin e encarregado do trabalho técnico relativo à publicação do jornal. Os artigos de orientação sobre as questões de programa e táticas eram de Stálin.
Saíram quatro números da Brdzola: de setembro de 1901 a dezembro de 1902. A Brdzola, que foi, depois da Iskra, o melhor
jornal marxista da Rússia, sustentava a unidade da luta revolucionária do proletariado da Transcaucásia com a luta revolucionária da classe operária de toda a Rússia. A Brdzola defendia os fundamentos teóricos do marxismo revolucionário
e acentuava, do mesmo modo que a Iskra leninista, a necessidade de passarem as organizações social-democratas à agitação
política de massas, à luta política contra a autocracia, e propugnava pela idéia leninista da hegemonia do proletariado na
revolução democrático-burguesa. Em luta contra os economistas,
insistia a Brdzola na necessidade da criação de um partido revolucionário e unido da classe operária, e desmascarava a burguesia liberal, os nacionalistas e oportunistas de todos os matizes. A Iskra leninista anunciou o aparecimento do primeiro
número da Brdzola como um acontecimento de grande significação. |